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Um desenhista, caricaturista, competente e versátil, cheio de desenhos para dar e que procura clientes para relacionamento puramente profissional e temporário com o justo pagamento pela minha arte.

sexta-feira, 30 de abril de 2010

__ Não?
__ Não.
__ "Não"?
__ Não!
__ "Não, não..."
__ Não,...
__ Não! Não!

O texto acima, por mais estranho que pareça, se trata de um diálogo possível entre duas pessoas. Se você não tem a mente genial do autor, deve estar se perguntando que situação esta narrativa quer mostrar. De fato, essa é a grande charada. Você pode tentar decifrá-la e comentar para que eu aprecie.
Entretanto, o que eu realmente quero com este texto insólito é falar um pouco sobre problemas comunicativos relacionados à produção textual escrita. Longe de mim parecer um especialista no assunto, mas acho que posso opinar sobre. O que o tal texto tem de curioso é que ele foi todo reproduzido com a mesma palavra em cada fala mas, claramente, com um sentido diferente em cada uma dessas falas. A dificuldade, no entanto, se faz pela ausência de um elemento que no texto falado é abundante e essencial: o tom de voz. Por esse elemento, num discurso falado, percebemos nuances muito finas da intenção de um interlocutor como ironia, seriedade, diversos níveis raiva ou de entusiasmo etc. Por outro lado, um autor quando escreve, pode usar de várias ferramentas para tentar reproduzir o efeito do tom de voz, mas isso não é perfeito.
Depois de apresentar o problema, cabem aqui algumas perguntas intrigantes: Você já discutiu pelo MSN por algo aparentemente banal com quem você não discutiria assim? Já foi mal interpretado por um recado brincalhão que deixou no Orkut sem nenhuma maldade? Pois é, meu caro internauta. Esse é um drama típico dessa geração dependente da Internet. Nossos relacionamentos pessoais tornam-se cada vez mais impessoais, por causa dos nossos novos meios de comunicação interpessoal que se tornam cada vez mais rápidos e sintéticos. Claro que não acredito, como um sinal apocalíptico, que caminhamos para uma humanidade que não se falará mais face a face e apenas se comunicará via Internet, mas creio que o fato que citei já causa e ainda causará muitos conflitos neste mundo globalizado. Eu, definitivamente, não tenho solução para este problema, e nem sei se você acredita que ele seja preocupante. Mas, seja como for, problemas são sempre dispensáveis independentemente do tamanho. E então, você quer ter um probleminha? Eu NÃO!

3 comentários:

  1. Não?

    [É... Bom texto. Mas lê-se com ênfase... O que? Pareceu desdenho? Mas não foi... Não, eu juro que não foi. Droga. Ah, tudo bem, esquece!]rs

    Quer saber [e se não quiser vou escrever do mesmo jeito], tem um lado "meio copo cheio". Creio que isso contribui, de certa forma, pra um aprimoramento da escrita, afinal, é necessário se esforçar a procurar os melhores conectivos, vírgulas, detalhes que lhe façam entender o dito/escrito por completo.
    Mas esse esforço por parte de escritores orkutianos/msn.anos/twitteanos [neologismo] na maioria das vezes não acontece [o que me faz negar tudo que eu disse acima]... Enfim, vivam aqueles que tentam!

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  2. Pois é meu caro amigo... Se já é difícil ser compreendido na fala na qual se tem tempo e uma série de recursos a mais para se fazer entender, imagina na ultra velocidade que é esse bicho de sete kbites que é a internet (tendeu a piadinha?)

    O som e principalmente a entonação e expressão fazem-se necessárias para o entendimento completo. Estamos vivendo uma sociedade metonímica (agora mandei), na qual só entendemos em parte e só conhecemos em parte. Trocamos a parte pelo todo. Tudo o que dura mais tempo pra se conhecer ou entender torna-se chato e desprezível..

    parabéns pelo blog. Show de bola (me empolguei no comentário. Era melhor ter postado isso no meu blog.. Acabei de fazer... hehe

    settefaces.blogspot.com

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  3. hahau
    aí... manero manero
    é verdade
    os tempos em que vivemos são assim mesmo
    um bagulho muito doido e...
    sei lá...

    manero o texto rsrs

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